Acessório usado por adolescentes pode propor até jogos de sexo
Gustavo Pinheiro (para o Jornal Opinião)Adão, Dayana e Daniel: jovens aderiram à moda europeia, mas dizem não seguir as 'regras do jogo'
A moda surgiu na Inglaterra e ganhou o mundo, chegando recentemente a Caeté. Jovens de várias idades saem pelas ruas e vão para a escola com os braços repletos de pulseiras coloridas de silicone. Até aí não há nenhum problema em ver meninas e meninos aderindo a mais uma modinha. O detalhe é que o uso dessas pulseiras propõe um jogo entre os adolescentes, havendo até regras a serem cumpridas. O jovem que conseguir arrebentar a pulseira recebe uma espécie de recompensa que vai do abraço até a relação uma sexual.
Mas até que ponto seguir essas tendências chega a ser um problema para as crianças e para os adolescentes, já que as cores das pulseiras têm conotações relacionadas à sexualidade?
Para o psicólogo Cristiano Gomes, seguir a tendência de usar as pulseiras para finalidades de exploração sexual não parece ser a melhor forma de experienciar a sexualidade, por parte das crianças. “Por outro lado, quando as crianças usam as pulseiras sem a atribuição do significado original da Inglaterra, então não há porque proibir o seu uso”, afirma ele que é doutor em educação e professor na Universidade Federal de Minas Gerais.
Essa nova moda abre espaço para a discussão sobre sexo entre pais e filhos, algo que não exclui as escolas da questão. “Talvez a pulseira nem seja o problema, mas a solução para os pais conversarem sobre sexo com os filhos”, diz a estudante Dayana. “Há pais que descobrem o significado e já proíbem o filho de usar, mas esse não é o melhor caminho. É preciso ter mais discussão”, observa Daniel. Para o professor da UFMG, os pais devem aproveitar o momento para dialogar com os seus filhos. “Os pais têm o papel de educar, nos mais diferentes temas da vida. A sexualidade é um desses temas. Cuidar para que os filhos tenham experiências saudáveis e significativas é papel dos pais”.
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