08/03/2012

Três mulheres decididas a vencer

Em dia dedicado a elas, histórias de mulheres que se empenham pelo sucesso pessoal e profissional


Gustavo Pinheiro
Do Jornal Opinião


Uma bancária, uma pedreira e uma taxista. O que elas têm em comum? Uma história de força e luta pelo sucesso. Cada uma com uma experiência diferente, elas contam com uma energia invejável para enfrentar as pressões, decepções e demandas do dia a dia.

A mulher caeteense representa numericamente a maioria da população da cidade. Segundo dados do IBGE, 20.923 contra 19.827 homens. Além de serem maioria, elas vêm conquistando ao longo dos anos seu espaço na sociedade. Essas mulheres que contam suas histórias, mostram que, com força e perseverança, é possível driblar todos os obstáculos e garantir o sucesso profissional e pessoal.


Enfrentando preconceitos
Casada e mãe de quatro filhas, Marilene Oliveira, 40 anos, passou boa parte de sua vida dedicando-se às tarefas domésticas. Mas foi a paixão por dirigir que determinou o começo de um novo projeto de vida para ela, que hoje dirige seu táxi pelas ruas de Caeté. A atividade de taxista garante que Marilene possa, ao lado do marido, financiar as despesas da família.

Sustento da família é garantido pelo táxi de Marilene
Nas ruas, algumas pessoas ainda estranham serem conduzidas por uma mulher. “No início, há 4 meses, passei por algumas situações inusitadas, mas as coisas foram melhorando com o passar do tempo”, explica. Ela conta que tem de conviver com vários perfis de pessoas. No dia a dia, Marilene diz que transporta passageiros alegres e também alguns muito mau humorados. “Tudo isso faz parte da profissão e nós devemos encarar com naturalidade. Não é uma tarefa fácil, porém é muito gratificante. Amo dirigir e ainda vou tirar a carteira D”, finaliza.


Mão na massa
Para Lenice Gonçalves de Almeida, não existe tempo ruim. Hoje, aos 62 anos de idade, ela contabiliza o número de casas na cidade em que já promoveu algum tipo de reforma, ou a quantidade de imóveis que ela mesma levantou. Lenice é pedreira e, do alicerce ao telhado, faz de tudo um pouco. Casada e mãe de 7 filhos, ela trabalha pela manhã em uma obra ao lado de sua casa e à tarde dá expediente numa escola particular sem perder seu bom humor.


A necessidade fez com que Lenice botasse a mão na massa para complementar a renda da família
Lenice já perdeu a conta de quantas casas construiu ou ajudou a terminar. Com o ofício de pedreira, ela criou os filhos e hoje sente que fez a diferença em sua família. “As mulheres são muito caprichosas em qualquer função, são batalhadoras. Mesmo sendo mulher, fui aceita, apesar de ter sofrido com a discriminação. Fico gratificada em ver outras mulheres trabalhando em canteiros de obra. O diferencial de um bom serviço está em nós mulheres, claro.”


Rumo ao sucesso profissional
Quando começou a trabalhar num banco, como estagiária, em 2007, Valquiris Maria Rodrigues talvez não imaginasse que hoje estaria ocupando um cargo bem mais elevado na empresa. Hoje, aos 36 anos, ela cuida do atendimento a pessoas jurídicas numa agência de Caeté e, além de colher os louros de seu empenho e dedicação, Valquiris busca se esforçar ao máximo em busca do tão almejado sucesso profissional.


Valquiris: O sucesso profissional depende de muito comprometimento
Como uma típica mulher moderna, ela tem de se virar para dar conta das atribuições de mãe e de estudante (ela está cursando Administração de Empresas). “Sempre corri atrás dos meus objetivos e gosto muito do que faço”, explica a bancária, que passa cerca de 8 horas por dia em seu trabalho e ainda completa a jornada diária na faculdade. “Se não fosse o comprometimento que tenho, as coisas ficariam mais difíceis”, argumenta.


Em relação ao tempo destinado à filha de 9 anos, Valquiris diz que faz o possível para estar sempre ao lado dela. “A agenda é muito cheia, mas garanto, sim, um tempo à minha filha. Procuro ser a referência dela e passo os valores sociais adequados que ela precisa aprender”, afirma. “Cuidar de casa e preocupar-se com o trabalho são tarefas cansativas, mas gratificantes. As coisas não caem do céu. É preciso muita dedicação e comprometimento para chegar a algum lugar”, completa a bancária.




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