Gustavo Pinheiro
Do Jornal Opinião
Quando Caeté ganha mais um ano de vida, cada caeteense sente que também faz aniversário e se enche de orgulho para declarar seu amor pela cidade, para dar os parabéns ao município. Nesta terça-feira, dia 14 de fevereiro, Caeté vai completar 298 anos de emancipação política. Além de comemorativa, a data é um importante momento para que os mais de 40 mil habitantes da cidade, caeteenses ou não, reflitam sobre como esperam a cidade para o futuro. E quem nasceu - ou escolheu viver em Caeté - tem muito para contar.
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Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso |
Caeté foi o lugar que carioca Theo Cerdeira escolheu para morar. Vivendo a maior parte de sua vida em grandes cidades, o professor universitário aposentado estava em busca de um clima mais ameno, longe das ilhas de calor. “A escolha de Caeté resultou de um exame mais acurado e comparativo das cidades da minha lista. Contribuiu para minha opção a proximidade de um grande centro, cujas facilidades estivessem ao meu alcance”, diz. “Porém, a proximidade das pessoas e o seu cordial convívio contribuíram para a minha escolha”, ressalta Theo.
A história do designer de interiores Gustavo Assunção é oposta à do professor. Ele, que é caeteense, sempre teve vontade de morar fora da cidade e vivenciar novas oportunidades. “Durante o ensino médio, tive a oportunidade de concluir os estudos em Belo Horizonte”, conta. Desde então, ele atuou em diversas empresas do setor de telecomunicações e da construção civil, podendo viajar muito pelo país, vindo a graduar-se em Design de Interiores. Foi nesse momento, depois de perceber certo crescimento na área da construção civil, que Gustavo resolveu ficar em Caeté e apostar seu negócio dentro da cidade. “Acredito no potencial da cidade”, sentencia.
Os dentistas Júlio Avelar e Tarcísio Garcia, belo-horizontinos, talvez não imaginassem que o negócio deles em Caeté fosse prosperar tanto. Eles vieram para a cidade em 2004, atraídos pela boa fase da economia, e hoje, além de uma moderna e ampla clínica odontológica, também investem no setor imobiliário. Tarcísio explica que a proximidade com a capital é um ponto positivo para Caeté. “Se duplicassem a BR, o ganho seria muito grande, a exemplo das regiões de Nova Lima e da Linha Verde”, observa.
Pensando no futuro
Apesar dos muitos problemas hoje enfrentados pela comunidade, a esperança por um futuro melhor parece nunca acabar, o que pode explicar a vontade dos moradores de viver num município mais igualitário, mais includente e de boas oportunidades para todos.
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Em vista aérea, a Serra da Piedade ao fundo da cidade |
Prestes a completar 298 anos, a cidade também está de olho em seu tricentenário.
Mas qual seria o melhor presente para a cidade nesta época tão importante de nossa história? “Uma sociedade organizada, justa, com os recursos bem distribuídos é o caminho para se chegar ao verdadeiro desenvolvimento”, diz Gustavo. “Caeté tem um grande potencial para desenvolver o turismo, que hoje é pouco explorado”, lembra o dentista Tarcísio Garcia.
“Sou da opinião que tudo o que se fizer para organizar melhor o sistema local de ensino, instituir uma coordenação pedagógica eficaz, dotar as escolas de condições de promover atividades curriculares extraclasse, utilizando inclusive os recursos modernos da tecnologia digital. Esse seria provavelmente o melhor presente que Caeté teria ao completar 3 séculos de existência, tarefa que certamente terá destaque na gestão do próximo governo”, conclui o professor Theo.
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