Gordinha sim, com muito orgulho!

Ela decidiu superar o preconceito e assumiu os quilinhos a mais



Gustavo Pinheiro
Do Jornal Opinião


Enquanto muitas mulheres fazem dietas anoréxicas para perder peso, a empresária Carol Chaves dá uma lição de autoestima ao assumir seu manequim, digamos, acima do convencional. Ela sabe muito bem que toda mulher tem a sua própria sensualidade e ser gordinha não significa contar com menos apreço da sociedade. Pelo contrário, seria até mesmo estranho se a beleza tivesse apenas um padrão. Para ela, o importante é ser feliz com a aparência, mas sem descuidar da saúde.

Carol Chaves (Foto: Henrique Caetano)

A empresária percebe que muitas meninas se escondem ou se sentem inseguras por serem gordinhas, mas ela se diz tranquila em relação ao corpo. “A felicidade vai muito além de aparência física”, pontua Carol, admiradora de mulheres que valorizam suas próprias curvas e sabedora de que o estereótipo de mulher magra e bonita está caindo por terra quando a questão é se sentir bem consigo mesma.


No quesito figurino, Carol Chaves dá um show e mostra que sabe valorizar sua aparência. Mesmo não encontrando determinadas roupas, ela procura combinar peças para proporcionar um visual bacana aos olhos de todos. “Hoje não é tão complicado achar roupas, mas a história é brincar com acessórios, sobrepor as peças e fazer um bom figurino”, explica ela, que é admirada por seu vestuário originalíssimo.


Adeus, preconceito!
Apesar de estar bem resolvida com seu corpo, a empresária admite que há, sim, preconceito por parte de muitas pessoas, já que a sociedade discrimina pessoas diferentes. “Não só as gordas, mas as pessoas que não são a maioria podem passar por algum processo discriminatório. Entretanto, acho que essas barreiras têm diminuído e as pessoas estão entendendo que ser diferente não é ser melhor ou pior, é simplesmente ser diferente. E todos devem, na minha opinião, ser valorizadas pelo caráter que têm, pela forma como levam a vida, pelas escolhas que fazem.”


Saúde em primeiro lugar
Os quilinhos a mais não são empecilho para levar uma vida mais saudável, garante Carol. Atualmente, ela diz que tem pensado bastante nas questões relacionadas à saúde. “A vida saudável deve ser um hábito e essa formação precisa partir da família e também das escolas”, opina em relação aos cuidados que devem ser tomados pelas famílias na educação alimentar das crianças. Hábitos saudáveis, como boa alimentação e a prática de esportes, lembra ela, serão refletidos no dia a dia das pessoas durante uma vida inteira.

De bem com a vida, Carol diz estar feliz com seu corpo (Foto: Henrique Caetano)

“Não que seja interessante ser gordo demais ou magro demais - o que também pode representar riscos à saúde -, mas a ideia é não querer correr atrás apenas da beleza. A questão é maior que isso: devemos valorizar a forma como pensamos e as nossas escolhas”, finaliza a empresária.


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